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Calculadora vira inimiga do Grêmio
Quinta-feira, 19 Outubro de 2000, 10h09
Atualizada: Quinta-feira, 19 Outubro de 2000, 10h20

Porto Alegre - Desde a vitória por 2 a 1 sobre o Internacional, o Grêmio do técnico Celso Roth não ganhou mais de ninguém. Perdeu para o Fluminense, em seguida empatou em casa com a Portuguesa e, ontem, levou 3 a 2 do Guarani, o pior ataque do campeonato. De nove pontos disputados, somou apenas um.

Depois do clássico, a direção calculava cinco vitórias dos dez jogos que faltavam para se classificar. Agora, restam apenas 7 partidas. E o Grêmio está em 16º lugar.

Ronaldinho, ao contrário do que se imaginava, não atuou com mais liberdade. Ao contrário: passou o tempo todo sendo o último homem à frente, no ataque. O atacante não gosta de ser escalado dessa forma. Mesmo assim – e apesar de chutar um pênalti no travessão, aos 15 do primeiro tempo – o artilheiro foi o de que melhor teve o Grêmio em Campinas. Aos 26, ele aproveitou um cochilo da zaga do Guarani, driblou o goleiro com estilo e abriu o placar.

Enquanto o time esteve assim, não suplantou o adversário. Ao contrário: a partir do pênalti cometido por Sílvio e convertido por Fumagali, aos 34 minutos, só deu Guarani. Tanto que Gilmar obrigou o goleiro gremista a operar milagre pouco depois, no lance mais curioso da noite: ao voar para a defesa no ângulo, o clarão de um raio deixou Sílvio cego por alguns minutos.

Na segunda etapa, o Guarani seguiu superior. O campo pesado pela chuva prejudicou Fábio Baiano, que sofre de dores fortes no púbis. Com Fábio Baiano sem condições totais e Ronaldinho quase de centroavante, o Grêmio perdeu força ofensiva.

Além disso, atuações individuais defeituosas reforçaram a má atuação coletiva. A jogada pelo flanco direito não aconteceu uma única vez com o lateral Anderson Lima. Sandro Neves passou boa parte do jogo dando balões para o infinito. A zaga, outra vez, deixou a bola pipocar na pequena área sem ninguém tirá-la dali, como acontecera diante da Portuguesa. Aos 6 minutos, o lateral Martinez empurrou a bola para dentro, para desespero de Zinho, que ficou pulando de irritação. Aos 19, Marcus Vinícus, ex-Guarani de Venâncio Aires, ampliou para 3 a 1.

Aí, Celso Roth mexeu bem no time. Tirou Paulo Nunes e colocou Rodrigo Mendes. Depois, fez entrar Warley no lugar de Fábio Baiano. Mais ofensivo, o Grêmio melhorou. Rodrigo Mendes diminuiu para 3 a 2 num golaço de falta, aos 35. Faltou tempo para um empate.

Agora, é preciso vencer o Atlético-MG, no Mineirão. Aos poucos, o Grêmio vai complicando sua classificação.

Zero Hora


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