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Natação brasileira tem chance de medalha na Paraolimpíada
Quinta-feira, 19 Outubro de 2000, 11h35
Atualizada: Quinta-feira, 19 Outubro de 2000, 16h01

Porto Alegre - Por enquanto, a figura mais importante da natação paraolímpica brasileira, que estréia hoje, em Sydney, está fora da piscina. Não muito, é verdade, mas o suficiente para pensar melhor do que os atletas envolvidos nas marolas da água. O técnico José Rosélio Queiroz, de Natal, Rio Grande do Norte, é o grande responsável pela reforma na estratégia da equipe.

Candidatíssimo a medalha, o grupo sofreu um revés forte com a reclassificação de sua maior estrela, Luís Silva. Dono de cinco recordes mundiais, obtidos nos últimos Jogos Paradesportivos Brasileiros, disputados em julho, em São Paulo, ele passou para uma categoria acima da sua (na qual os candidatos são mais fortes). O técnico precisou fazer alterações na equipe em busca de um equilíbrio no novo quadro.

Foram horas de cálculos feitos a ponta de lápis numa folha de papel. Troca de nomes, soma de segundos. O resultado é que a equipe de revezamento quatro estilos (medley) piorou cerca de 2 segundos, o que foi considerado aceitável. O revezamento livre, porém, compete com poucas chances. Mas José Rosélio está confiante.

"Os nadadores aceitaram bem as mudanças que tiveram que ser feitas. O próprio Luís já estava sendo preparado para a reclassificação e não foi surpreendido. Fizemos nove medalhas em Atlanta, e não vamos voltar com menos do que isso para o Brasil", disse.

A partir das 20h de hoje (horário de Brasília), quando começam também as provas de atletismo, caem na água Rildene Firmino (150m), Ivanildo Vasconcelos (200m), Adriano Lima (200m), Gledson Soares (200m) e Genesi Alves (150m), todos no medley. Genesi participará direto na final por causa do número reduzido de atletas com índice.

Entenda a modalidade

Atletas – são divididos em dois grupos, os portadores de deficiência visual e os outros. Os nadadores são classificados de 1 a 10, quando menor for o número, maior será o comprometimento do atleta quanto à deficiência. O atleta é avaliado no teste muscular funcional e dentro da piscina, executando o seu estilo.

Regras – são as mesmas da Federação Internacional de Natação Amadora (Fina), com adaptações para as largadas, viradas e chegadas. Os nadadores podem optar pela largada no bloco de saída ou dentro da água. Aos cegos, é permitida a orientação do técnico quando estiverem se aproximando da borda.

Provas – são disputadas nas categorias masculina e feminina, individual e por equipe (revezamento), nos quatro estilos oficiais – livre, costas, peito e borboleta. As distâncias variam de 50m a 800m.

Zero Hora


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