Belo Horizonte - Quando chegou ao Cruzeiro, há cerca de dois meses, o apoiador Sérgio Manoel, de 28 anos, não imaginava que teria tanta facilidade para se adaptar ao clube e à cidade. “Foi muito mais rápido do que pensava. Isto porque qualquer mudança de clube envolve muita coisa. Você vai para um outro clube, tendo que conviver com novos companheiros. E isso nem sempre é fácil.
Mas vim para cá, com o espírito desarmado. Por isso, acho que já alcancei o primeiro objetivo: conquistar o espaço no time, sem prejudicar ou pisar em ninguém", ressalta o apoiador, que retornou ontem aos treinamentos, já com o pensamento voltado para o jogo decisivo contra o Palmeiras, na quarta-feira, em Ipatinga, pelo Grupo B da Copa Mercosul.
Em caso de empate ou vitória o Cruzeiro assegura o primeiro lugar do grupo B, que lidera com 12 pontos, seguido pelo Palmeiras, com dez. O time paulista também está classificada, com um dos melhores segundos colocados.
Além disso, ele aponta outro fator para a integração: o relacionamento com grupo do Cruzeiro. “É um grupo vencedor, que recentemente conquistou a Copa do Brasil, e isso acaba facilitando o entrosamento. Mas, de qualquer forma, é preciso muita força de vontade para superar os obstáculos", garante Sérgio Manoel, que foi contratado a pedido do treinador Luiz Felipe Scolari.
Reconhecimento - Para Sérgio Manoel, o reconhecimento dos torcedores cruzeirenses é motivo de orgulho. “Está havendo um reconhecimento pelo esforço do grupo tanto na Copa João Havelange quanto na Mercosul. Por exemplo, sou parado, às vezes, na rua para dar autógrafo ou mesmo para um bate-papo. Agora, já conheço bem o que significa o 'ali' de mineiro, vou andar pelo menos uns cinco quilômetros."
Acostumado à vida no litoral, Sérgio Manoel, santista de nascimento, com passagens pelo Botafogo do Rio, está encantado com Belo Horizonte.
“É uma cidade tranqüila. É a terceira capital do país, mas com alguns aspectos de vida de interior. A hospitalidade é muito grande e até deixa a gente surpreso. Você pede uma informação e só falta ser carregado até o local desejado".
Com a mulher Andréa e os filhos Matheus, cinco anos, e Pedro Henrique, dois anos, ele está fazendo um verdadeiro périplo pelos restaurantes da cidade.
“Os restaurantes são muito bons, com uma comida excelente. Aliás, a comida mineira é irresistível, um tutuzinho e um torresminho. Agora, é preciso controlar a balança", diz o apoiador. “Nunca tinha pesado antes 70 quilos, o que veio acontecer aqui." Além de ter caído nas graças do torcedor, o apoiador se encaixou como uma luva no esquema tático, armado por Scolari, e atravessa boa fase.