São Paulo - Falar em planos para próxima temporada é uma situação muito delicada para Candinho e pode abalar ainda mais a equipe. Mas a base do time bicampeão brasileiro e campeão mundial deve mudar em 2001. O desmanche que começou com as saídas de Edílson, Vampeta e Dida, deve se completar depois da Copa João Havelange.
"Ainda estou em fase de observação. Há vários jogadores que saíram de contusões e ainda não estão no `ponto'. Não dá para falar sobre reformulação agora", diz Candinho.
Oficialmente não haverá nenhuma lista de dispensa. A exceção deve ser Marcelinho Carioca. Com a contratação de Müller, há menos de dois meses, o Cruzeiro, que também é patrocinado pela Hicks Muse, ficou com um crédito em relação Corinthians. A negociação, no entanto, só será anunciada quando os dois clubes encerrarem a sua participação na Copa João Havelange.
A defesa é o setor que corre o maior risco por caausa de seu fraquíssimo desempenho. Dos quatro zagueiros que se revezaram no primeiro semestre, só Scheidt tem futuro garantido em 2001. Mas como a Hicks Muse não deve gastar muito em contratações, Candinho será obrigado a administrar o que fazer com Fábio Luciano, Adílson e principalmente João Carlos.
Voltando a Minas? Fábio Luciano talvez seja mantido. Mas a situação de João Carlos é bem diferente. Marcado pela própria torcida, o zagueiro pode até voltar ao Cruzeiro em 2001, clube que o revelou para a Seleção Brasileira. O mesmo caminho pode seguir o experiente Adílson, dono de uma técnica refinada mas cuja condição física não lhe permite uma grande sequência de jogos.
O meio-de-campo, setor em que o clube mais investiu recentemente, não deverá ter mudanças significativas. A não ser o volante Edu, que deve mesmo se transferir para o Arsenal assim que o seu passaporte for regularizado.
No ataque, além da saída praticamente certa de Marcelinho, só mesmo Dinei corre um certo risco. Há restrições em relação à sua condição física. E se há uma coisa que a nova Comissão Técnica não vai aceitar em 2001 é jogador fora de forma.