Rio - Faltando duas semanas para a partida em que o Uruguai enfrentará a Bolívia, em La Paz, dia 15, pelas Eliminatórias da Copa de 2002, novos rumores de que o técnico Daniel Passarella poderia renunciar estão atrapalhando os treinos da seleção celeste.
O próprio argentino deu uma entrevista em que se mostra bastante irritado com o presidente da Associação Uruguaia de Futebol (AUF), Eugenio Figueredo. “Lamentavelmente, em algumas oportunidades, não obtive apoio da AUF, como agora, antes da partida contra a Bolívia. Estou irritado com algumas situações”, disse Passarella, em entrevista por telefone ao Canal 12 da TV uruguaia.
A principal reclamação de Passarella é que a AUF não se manifestou sobre a decisão do Nacional de não liberar o lateral Damián Rodríguez, sob a alegação de que o jogador estava lesionado. O treinador pretendia levar Rodríguez para o período de aclimatação à altitude boliviana, que foi iniciado em Cochabamba e agora está sendo realizado em La Paz.
Por seu lado, o dirigente reconheceu que tem diferenças ideológicas com Passarella, mas manteve sua postura de apoiar o Nacional. “Às vezes, nós podemos atender os pedidos do técnico e outras não, porque dependemos dos clubes”, afirmou Figueredo.
Existem versões de que a partida contra a Bolívia poderia ser a última do Uruguai sob o comando de Passarella. Segundo a imprensa uruguaia, a saída dele poderia ter ocorrido antes, caso o presidente do país, Jorge Batlle, não tivesse interferido.
Passarella, que já havia ameaçado renunciar em abril, antes da partida contra o Paraguai, disse que só está pensando na partida contra a Bolívia. Para este jogo, ele chamará apenas dois jogadores que atuam no exterior: o meia Pablo García, do Milan, que já está treinando com os 18 atletas de clubes uruguaios, e o atacante Darío Silva, do Málaga.
Na tabela de classificação da zona sul-americana das Eliminatórias da Copa de 2002, o Uruguai está na quinta posição, com 14 pontos.