Porto Alegre - É difícil Itaqui levantar o tom da voz ou dizer alguma frase fora do lugar. A disciplina que o consagrou em campo é a mesma usada nas entrevistas. Então, quando o curinga do Olímpico deixa de lado o politicamente correto e defende ou ataca com palavras, chama mesmo a atenção. Foi o que aconteceu ontem.
Itaqui reagiu contra os que acusam o Grêmio de mais defensivo com sua presença. O curinga, escaladíssimo para enfrentar o Atlético-PR, amanhã, reclamou.
”Não se esqueçam que eu fui vice-artilheiro do time no Brasileirão de 1998. É bom lembrar disso quando dizem que o Grêmio fica retrancado comigo na equipe”, alfinetou Itaqui, autor de seis gols naquele campeonato.
Defensivo ou não, o certo é que Itaqui sempre está no time nas horas mais difíceis e decisivas. Foi assim em 1998, quando formou com Rodrigo Mendes as estrelas da equipe capaz de sair das últimas colocações para a classificação no Brasileirão. No Gauchão deste ano, idem. A partir do seu ingresso, no segundo turno, o Grêmio desatou a ganhar. Só não participou de uma partida: justamente a partida de ida da final, contra o Caxias, quando o Grêmio perdeu por 3 a 0. Agora, na reta final do Nacional, lá está Itaqui outra vez.
”É melhor o Itaqui sempre do que o Fábio entrando e saindo como vinha ocorrendo”, comparou Warley.
”Temos sobrevivido sem o Fábio”, sintetizou Zinho.
Os resultados da ressonância magnética realizada em Fábio Baiano indicam que não houve agravamento da inflamação no púbis esquerdo desde a sua chegada ao Olímpico.
”Ao contrário, até melhorou um pouco”, afirmou o médico Luiz Eurico Vallandro, que conversou com o jogador, angustiado em razão de estar impossibilitado de treinar.
A cirurgia ficará para o final do ano. O meia está fora da partida de amanhã.