Rio - Mais um caso de doping no futebol brasileiro. Na tarde desta sexta-feira, o presidente da Comissão Nacional de Dopagem da CBF - que também exerce a função do controle da dopagem na Copa João Havelange -, Tanus Jorge Nahem informou que o jogador Rubens Gomes de Assis, lateral do Paysandu teve encontrado em seu exame de urina, a substância dos metabólitos, Costebol, que é proibida pelo COB e pela Comissão Nacional de Controle de Dopagem.
Segundo Nahem, o jogador pode ter feito uso de duas pomadas de uso ginecológico cicatrizantes, vendidas no comércio.
O material colhido do atleta foi no dia 25 de outubro, no jogo entre Paysandu e Fortaleza, pelo Módulo Amarelo da Copa João Havelange, em Belém. Segundo o relatório técnico do Ladetec da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a amostra da urina analisada confirmou a presença dos metabólitos do Costebol. O caso irá a julgamento pela comissão disciplinar do STJD. O atleta está suspenso preventivamente por 29 dias.
Segundo o médico Tanus Jorge Nagem, coordenador do Controle de Dopagem da Copa João Havelange e presidente da Comissão Nacional de Controle de Dopagem da CBF, a substância Clostebol é um esteróide anabolizante, encontrado em pomadas cicatrizantes como Trofodermin e Novaderm, normalmente utilizada por mulheres para cicatrização na região vaginal.
Tanus, no entanto, não confirmou que Rubens possa ter recebido a substância através de uma relação sexual, pois segundo o médico, seria uma total falta de ética apontar as causas do doping.
Rubens foi inicialmente suspenso por 29 dias e não poderá enfrentar o Remo neste domingo, no clássico paraense que apontará o terceiro e último classificado do Módulo Amarelo para a segunda fase da Copa João Havelange.