Ex-craques avaliam ausência de Romário na seleção
Quinta-feira, 16 Novembro de 2000, 15h11
Atualizada: Quinta-feira, 16 Novembro de 2000, 15h11
Rio - Foi só o Brasil sentir novamente as dificuldades em marcar gols nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, desta vez contra a Colômbia, para o nome de Romário voltar à s rodas de conversa por todo o paÃs. Cortado na última hora da partida da última quarta-feira por motivo de contusão, o atacante do Vasco criou na seleção um sentimento de que o ataque precisa dele para funcionar bem, uma espécie de "Romáriodependência".
Na verdade, a ineficiência do ataque da seleção nas Eliminatórias preocupa a todos que vivem no meio futebolÃstico. Veja a opinião de alguns ex-jogadores e profissionais que já passaram pela seleção sobre essa questão:
Tostão: (atacante na Copa de 70): "Estamos com poucas alternativas e por isso dependemos do Romário. O Ronaldinho Gaúcho deveria ser titular, pois apesar de ser novo tem muito para crescer. É preciso investir na renovação como Dill e Magno Alves. Edmundo e França não repetiram na seleção o que vinham jogando nos clubes e já tiveram duas oportunidades para isso."
Jairzinho (artilheiro da Copa de 70): "O futebol brasileiro como um todo está precisando de uma reformulação. Precisamos dar experiência a jogadores como Dill, Magno Alves e Adriano. Para essa convocação, eu teria chamado o Dill, mas como chamaram o Adriano, ele teria que ter entrado no lugar do Romário. Ele tem mais as caracterÃsticas de jogar enfiado entre os zagueiros e não o Edmundo."
Paulo Sérgio: (goleiro reserva da seleção em 82): "O Romário resolve por enquanto, mas não pode ficar com toda a responsabilidade, pois quando ele não está bem fisicamente, como foi o caso desse jogo, a seleção sente muito. É preciso pensar em um substituto urgente e apostar nos jovens que estão surgindo. O França vem jogando bem no São Paulo, mas na seleção ele desaparece."
Zagallo técnico da seleção em 70, 74 e 98): "O Romário está um nÃvel acima dos outros, mas a carreira dele só durará mais alguns anos e precisamos arranjar um outro centroavante que jogue enfiado. A seleção funciona bem com o esquema de jogo com um centroavante entre os zagueiros."
Luis Pereira(zagueiro da seleção em 74): "A dependência com relação ao Romário é tanta que foi o nome mais gritado no Morumbi, mesmo ele nem estando no estádio. É preciso arrumar não só um substituto para ele como um companheiro de ataque para este jogador, pois as duas posições estão carentes hoje em dia. Quando ele parar de jogar ficaremos sem alternativas."
L! Sportpress
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