São Paulo - O passaporte do atacante Warley é o primeiro documento falso com origem esclarecida pela CPI da Câmara. Segundo a apuração dos deputados Pedro Celso (PT-DF) e Jurandil Juarez (PMDB-AP), que estão em Portugal, o documento do jogador gremista era de uma senhora portuguesa.
“O Warley tinha o passaporte de uma portuguesa, com uma página a mais e o nome modificado”, afirmou o deputado Pedro Celso, por telefone.
“O Marcel Figer me ligou hoje para dizer que o passaporte do Warley é coisa da Udinese”, contou o deputado, que vai checar a veracidade da informação junto ao clube italiano.
Além dos passaportes adulterados, o outro tipo de falsificação é o que decorre do roubo de passaportes em branco.
Os deputados estão convencidos de que os passaportes falsos dos jogadores brasileiros foram negociados em Portugal.
“Aqui em Portugal se paga até US$ 1 mil para um passaporte para trabalhar na construção civil e nós temos notícias de passaportes de US$ 300 mil”, afirmou Jurandil à Agência Estado.
Na sexta-feira, os deputados se reuniram com um advogado do empresário Juan Figer, Antônio Carlos Castro de Almeida, e dois empresários europeus: Ermínio Menendez e Miroslav Nestorovic, colaboradores de Figer na venda de Edu.
Segundo Pedro Celso, os depoimentos dos três apontam um misterioso "Sr. Caldeira" como o responsável pelo surgimento do passaporte falso do jogador corintiano.
Caldeira teria providenciado a documentação a pedido de Menendez e Nestorovic. A dupla de empresários teria entregue o documento ao Arsenal, que teria passado para a assinatura do atleta em Londres.
Os advogados de Figer prometem registrar queixa contra o tal Caldeira na polícia portuguesa e negaram a participação do empresário nas vendas de Jorginho Paulista e Alberto, também pegos com passaportes falsos.
As CPIs da Câmara e do Senado receberam ontem os documentos enviados pela CBF. A entidade havia prometido mandar 15 caixas de documentos a Brasília, mas no Senado chegaram oito e apenas uma na Câmara.
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