Lisboa - Empresários europeus ligados a Juan Figer apontam a Udinese como culpada pela falsificação do passaporte de Warley, hoje no Grêmio. A acusação foi feita aos deputados brasileiros Pedro Celso (PT-DF) e Jurandil Juarez (PMDB-AP), que estão em Portugal para apurar o caso dos passaportes falsos. Nesta sexta-feira, os dois parlamentares se encontraram com o espanhol Emílio Menendez Rodriguez, que colabora com Figer na Europa; Miroslav Mestrovic, iugoslavo que trabalha com Menendez; o advogado dos dois, o português João Gonçalves, e Antonio Carlos Costa de Almeida, advogado brasileiro enviado por Figer.
Segundo Pedro Celso, os quatro garantiram também que Figer não tem nada a ver com a falsificação do passaporte de Edu, do Corinthians. A história teria começado quando Mestrovic, com amigos, disse que tinha problemas para regularizar a documentação de Edu. Um português de sobrenome Caldeira (ninguém sabe o nome completo) prontificou-se a ajudá-lo, mas queria que, em janeiro, Mestrovic conseguisse com Menendez, dono de centro de treinamento em Marbella, vaga para um time alemão.
Ainda de acordo com Pedro Celso, diante de tal possibilidade, Caldeira prometeu que tudo ficaria pronto em uma semana, mas demorou um mês. Quando o passaporte ficou pronto, foi entregue a David Tean, do Arsenal, que tirou uma cópia e entregou o original a Edu, que estava acompanhado de Marcel Figer. Segundo a história ouvida pelos deputados brasileiros, Mestrovic e Caldeira só voltaram a se encontrar mais uma vez, no aeroporto de Lisboa, quando foi entregue o documento. Depois das denúncias, os quatro prometeram que iriam à polícia dar queixa de Caldeira, que, por enquanto, é um fantasma na história.