São Paulo - Não existe ‘boa fase’ no futebol, mas sim trabalho. A definição parte de Carlos Pracidelli, treinador de goleiros do Palmeiras, para explicar o atual momento por qual atravessa o goleiro Sérgio, apontado por muitos como o melhor da Copa João Havelange.
Ele só evita trazer para si os méritos de ter recuperado um goleiro que já tinha ganho chance no clube, mas emprestado pouco depois porque o titular era Velloso. Pracidelli combate ainda aqueles que defendem a ideologia da ‘boa fase’, com exemplos reais e vividos no próprio Palmeiras.
“O Velloso chegou a receber prêmio da CBF como o melhor, antes de sair. Entrou o Marcos, que vinha na reserva, e não saiu mais. O Marcos foi, inclusive, o primeiro goleiro sul-americano a ganhar prêmio como o melhor atleta de uma Libertadores”, exemplifica Pracidelli.
E reforça: “O Marcos ia para a seleção e o Sérgio ficava treinando e jogando bem. Hoje o Sérgio está sendo apontado como o melhor da posição na Copa João Havelange e Mercosul. Será que isso é apenas ‘boa fase’?. Não, não é. É trabalho mesmo, e saber, ao mesmo tempo, aproveitar a chance”. O treinador de goleiro do Palmeiras enfatiza que o mesmo pode acontecer no instante que Marcelo, 26 anos, reserva de Sérgio, também ganhar uma chance para jogar.
Carlos Pracidelli, que chegou ao clube em 1992, junto com o ex-técnico Nelsinho Baptista, ainda destaca que o Palmeiras tem dois jovens goleiros nas seleções brasileiras: “O Bruno, 16 anos, na sub-17 e o Diego, 19 anos, na seleção brasileira sub-20”.