São Paulo – O brasileiro Gustavo Kuerten teve um sparring de luxo nesta segunda-feira em Lisboa. Ele treinou durante uma hora na quadra central do Pavilhão Atlântico, que vai receber a partir de terça-feira a Masters Cup, com o norte-americano Pete Sampras.
Apesar de estar em terceiro lugar no ranking, Sampras, que estava se poupando para o torneio em Portugal, é considerado o favorito ao título. Ele terminou o ano em primeiro lugar na listagem da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) em seis oportunidades.
“Achei a quadra muito bonita. O estádio ficou super legal, com as fotos dos jogadores penduradas ao redor e o nome dos torneios do mundo todo escritos nas paredes. Eu gostei mais do que o de Hannover, no ano passado,” disse Guga. “Me senti bem lá dentro. Acho que o piso está competitivo para todos os jogadores. É claro que um piso rápido em quadra coberta nunca vai ser lento, mas está dando para bater de fundo, trocar umas bolas e no segundo saque a bola não está andando tanto.”
O brasileiro foi o primeiro tenista a desembarcar em Lisboa para competição. “Cheguei antes para treinar porque no Brasil não tem nenhuma quadra parecida com essa, joguei alguns torneios antes e estou preparado, jogando de igual para igual com todos os jogadores. Aqui você pode ganhar ou perder de qualquer um. Mas, tive as últimas semanas muito boas, minha confiança cresceu e está gostoso jogar na quadra rápida.”
Guga, que nesta segunda-feira apareceu em segundo lugar tanto na Corrida dos Campeões quanto na Lista de Entrada, disse que vai se conformar se não atingir o primeiro lugar do ranking. “Esse ano para mim foi de superação, deu alguns passos adiante na minha carreira. Tem sido uma temporada muito especial, ganhei meu segundo Grand Slam, evolui muito nas quadras rápidas e tomara que eu consiga fazer uma boa campanha aqui também. Aqui nós temos quatro jogadores muito jovens, eu, o Safin, o Norman e o Hewitt, dois que podem jogar muitos anos, o Corretja e o Kafelnikov e dois que já estão aí há muito tempo, o Agassi e o Sampras. O que eu espero é que o Agassi e o Sampras parem de jogar logo para nos deixar mais tranqüilos,” brincou Guga. “Acho que nós temos um jogo bem mais dinâmico e variado. O Sampras e o Agassi jogam o tempo todo no mesmo ritmo e eu por exemplo, de repente faço um game atacando, outro mais tranquilo e o pessoal gosta de ver isso.”