Brasília - O atacante Ronaldo e o lateral direito Roberto Carlos, devem depor na CPI da Nike no início de janeiro. De acordo com o presidente da comissão, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), a data, em pleno recesso do legislativo, se justifica diante das dificuldades enfrentadas pelos jogadores para atender à convocação. O mês coincidiria com a suspensão do tratamento a que Ronaldo se submete na França e com o final da temporada de jogos disputados por Roberto Carlos. Rebelo disse que designaria uma comissão especial para ouvi-los em nomes da CPI.
O deputado deu por encerrada a polêmica sobre os procedimentos para obter os laudos dos exames que Ronaldo fez no último dia da Copa. Segundo ele, um jurista forneceu à comissão argumentos que embasam juridicamente o pedido feito ao médico da seleção, Lídio Toledo. Toledo condicionou sua resposta ao parecer do Conselho. Mas agora, sabendo que esse tipo de intermediação é desnecessária, Rebelo disse que a comissão vai requerer os laudos novamente. "Ele (Toledo) não teve segurança para entregar exames tão polêmicos sem consultar o CRM", comentou o deputado. "Agora, sabemos que isso não é necessário".
AGENDA - A CPI da Nike ouve nesta quinta-feira os depoimentos do presidente do Clube dos 13 e chefe da delegação brasileira na Copa da França, Fábio Koff, e do ex-supervisor técnico da seleção Américo Farias. A comissão decidiu dividir as investigações por assuntos. Serão criadas sub-relatorias para tratar das denúncias sobre falsificação de passaporte, transferência de jogadores, propostas de legislação e sobre as federações.
O nome dos sub-relatores serão escolhidos pela presidente e pelo relator Silvio Torres (PSDB-SP) entre os deputados que se candidatarem ao cargo. A CPI aprovou requerimentos para ouvir, nos próximos dias, o representante da Nike na seleção durante a copa, Luiz Alexandre Rodrigues, e o juiz Oscar Roberto Godoi.