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Roth diz que faltava comando ao Grêmio
Terça-feira, 05 Dezembro de 2000, 11h03
Atualizada: Terça-feira, 05 Dezembro de 2000, 11h03

Porto Alegre - Faltava comando ao Grêmio quando o técnico Celso Roth assumiu o time na lanterna do mesmo campeonato do qual atualmente o clube é um dos semifinalistas. Tivesse alguém dito isso no Olímpico antes do dia 8 de agosto, data do reinício do trabalho do treinador no clube, e o raciocínio talvez fosse motivo de processo por calúnia e difamação dos dirigentes.

O Grêmio havia perdido nas duas rodadas de abertura da Copa João Havelange e tal avaliação pública era exorcizada como sendo obra do próprio satanás encarnado. Pois quem diz isso, agora, com todas as letras é o próprio Celso Roth. Veja agora algumas revelações feitas pelo técnico:

Vestiário: "Eles estavam carentes de comando. Havia baixo astral. Com o tempo, fortalecemos a parte coletiva, que estava num contexto em separado naquele momento", admitiu Celso Roth, tendo ao seu lado a tolerância do tempo e o salvo-conduto de ter recolocado o trem antes desgovernado no trilho outra vez.

O momento da virada: "A opção foi por desistir de amistosos em favor de treinos táticos nos 15 dias sem jogos, logo na chegada. Ali, encaminhamos o esquema e fomos encaixando os jogadores."

As individualidades: "Acho que falam pouco de muita gente. O Polga, por exemplo, está dando um show de como deve jogar um volante. Ouço falar pouco nele. O Marinho, domingo, foi escolhido o melhor em campo por muitos, mas o Nenê vem atuando em nível ótimo há várias partidas."

A parte tática: "Ninguém me perguntou por que botei Patrício na esquerda, em vez do Sandro Neves. Fiz isso porque ele é melhor marcador do que o Sandro. Eu sabia que o Leão viria com o Russo na lateral-direita. O Anderson Lima foi brilhante taticamente. Não deixou o Leonardo jogar. Imagina se um zagueiro tivesse que marcá-lo? Não vi referências a isso."

São Caetano e Palmeiras: "É claro que o Palmeiras tem mais tradição, torcida e camisa. Tudo isso pesa na hora de decidir. Mas dentro de campo, a unidade do conjunto é a mesma nos dois."

Os reforços milionários: "Só não reabilitamos o Paulo Nunes. O Zinho, destaque hoje, era vaiado quando cheguei. Vale o mesmo para o Anderson Lima. O Nenê era até reserva. E o Astrada estava melhorando, mas se machucou."

Ronaldinho: "Os times que estão chegando têm espírito coletivo. E nós temos isso e mais o Ronaldinho, que tem decidido tudo. Por isso, somos candidatos, sim, ao título."

Zero Hora


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