São Paulo - De férias em Curitiba, o meia Adriano se transformou, nas últimas semanas, no objeto de desejo da diretoria do São Paulo e do técnico Oswaldo Alvarez. Por US$ 500 mil (cerca de R$ 1 milhão), o Olympique, de Marselha, já o liberou para voltar a jogar no Brasil em 2001.
Sua transferência por empréstimo, no entanto, depende ainda do aval do Atlético-PR, que detêm metade do seu passe. Esse detalhe vem provocando uma certa ansiedade no jogador. O clube paranaense é o principal concorrente do Tricolor.
”Meu empresário pediu para eu manter a tranqüilidade e curtir as férias com a família. Mas você sempre fica pensando em qual clube vai jogar, começa a fazer planos... De qualquer maneira, só o fato de voltar a jogar aqui no Brasil já é bom demais”, afirma Adriano.
Além de Adriano, o São Paulo tenta fechar também com Kelly, meia-atacante do Atlético-PR. Ao clube paranaense, o Tricolor oferece o meia Adriano Silva, que estava emprestado ao Sport, o atacante Sandro Hiroshi e o volante Axel.
”Com as festas de final de ano o negócio ficou um pouco parado. Acho que meu futuro só será definido depois do reveillon, seja para ficar no Atlético ou no São Paulo”, prevê.
O fato de ter sido indicado pelo técnico Oswaldo Alvarez, admite Adriano, é uma vantagem para se dar bem no futebol paulista. Seu sonho é repetir a trajetória do "Quarteto Fantástico", montado pelo treinador no Atlético-PR e que contava ainda com Kelly, Kléber e Lucas.
”A experiência que tive com o Vadão no Atlético foi das melhores. É um técnico que conversa sempre com os jogadores, sabe a forma que cada um gosta de atuar e rende melhor. Voltar a trabalhar com ele, sem dúvida, dá um estímulo a mais.”
Um dos elementos do novo quarteto pode ser o atacante Rodrigão, do Santos. Para liberar o jogador, que estava emprestado ao Internacional, o Peixe quer a cessão do passe de Souza. As negociações, como no caso de Adriano e Kelly, porém, só devem recomeçar em 2001.