Porto Alegre - Com dificuldades para encontrar no Brasil o zagueiro com a liderança exigida pelo técnico Tite, o Grêmio se volta para o mercado do Exterior. Capone, do Galatasaray, poderá ser tentado. O argentino Trotta também faz o perfil sonhado pela comissão técnica. No Brasil, o nome preferido segue o de Sandro, do Botafogo-RJ. Cláudio Caçapa, com 1m78cm, do Atlético-MG, é considerado um jogador de estatura abaixo da ideal para um zagueiro. E não tem liderança.
Publicamente, no entanto, a diretoria não se afasta da política de contenção financeira.
Carlos Alberto de Oliveira, o Capone, 28 anos, já foi sondado até por outros clubes da Europa, principalmente da Espanha, mas nenhuma proposta sensibilizou o Galatasaray a liberá-lo.
O jogador não esconde seu desconforto por estar atuando como lateral-direito, tendo perdido a posição na zaga para o romeno Popescu.
"A hospitalidade dos turcos lembra a dos brasileiros", afirma o ex-zagueiro do Juventude. "Estou muito bem aqui. Mas, ficaria mais próximo de uma convocação para a Seleção Brasileira, se retornasse."
Aloísio, ex-centroavante do Goiás, atualmente no Saint-Etienne, da França, é um dos nomes preferidos para reforçar o ataque.
O vice de futebol, José Otávio Germano, reitera que nenhum negócio do Grêmio será fechado às pressas. "Por vezes, o dirigente sai comprando para livrar-se da pressão da torcida e da imprensa e acaba criando um problema para o resto da temporada", justifica. Para o dirigente, o mais importante será acertar a renovação do contrato de Ronaldinho. A primeira reunião com o procurador do jogador, Assis, ocorrerá quarta-feira.
Germano está convencido de que a reintegração de Roger e Fábio Baiano tornará o time muito mais competitivo do que foi na fase final da Copa João Havelange, sem a necessidade da contratação de novos reforços.