Porto Alegre - O primeiro fim de semana de pré-temporada do Inter vinha transcorrendo sem surpresas. Até ontem. Como esperado, o novo contratado Lê juntou-se ao grupo no sábado à tarde e começou a realizar os trabalhos físicos com os jogadores.
Inesperada, no entanto, foi a saída do meia Claiton, que deixou Santo Amaro da Imperatriz, onde o Inter está concentrado, no início da tarde de ontem. Ele foi emprestado por um ano para o Bahia.
Claiton deixou o hotel em que está concentrada a delegação às 13h18min. Rumou para o aeroporto. De acordo com o jogador, seu destino era a própria casa, em Porto Alegre, para resolver problemas pessoais urgentes. O caminho foi mesmo a capital gaúcha, mas para preparar a mudança para Salvador, para onde Claiton viaja amanhã. O presidente do Bahia, Marcelo Guimarães, confirmou ontem à tarde a contratação. Disse que tudo vinha sendo negociado há um mês. Na Copa João Havelange, no ano passado, o jogador foi um dos destaques do rival Vitória e virou ídolo da torcida.
A direção confirmou o motivo declarado por Claiton para a dispensa, e também negou qualquer acerto com o clube baiano. É de praxe da atual direção não confirmar nada antes de tudo concretizado.
"Há mais de um clube interessado em ter o Claiton", tentou despistar o coordenador técnico João Paulo Medina.
Ontem, o meia deixou o hotel pela manhã com o grupo, viajou com a delegação os 10 quilômetros até o campo do Vasco, clube local, e trabalhou normalmente. No meio do treino, o celular do jogador, que estava no bolso de um funcionário do Inter, tocou quatro vezes, mas Claiton não atendeu.
Ao meio-dia, contudo, quando o time voltou para o hotel, Claiton foi o último a entrar. Ficou falando ao telefone. Enquanto metade do grupo se divertia na piscina, ele arrumava a mochila. Almoçou e partiu.