Maranello (Itália) - A Ferrari lançou nesta segunda-feira seu novo carro, o F2001, e se prepara assim para manter por mais doze meses o título mundial duramente conquistado na última temporada.
A festa de apresentação do modelo foi grande, como não poderia deixar de ser, e estiveram presentes patrocinadores, pilotos e membros da equipe comemorando os 21 anos da Ferrari no time dos melhores.
No meio de tanta modernidade, o nome de Enzo Ferrari, fundador da equipe que morreu em 1988 aos 90 anos, não foi mencionado nenhuma vez, comportamento que está de acordo com a nova filosofia do grupo: esquecer o passado e pensar no futuro.
"Nós estamos no primeiro ano do novo milênio", disse Jean Todt, atual diretor da Ferrari.
O motivo do desapego ao passado está no longo período de jejum da equipe. A vitória da última estação, conquistada pelo piloto alemão Michael Schumacher, foi a primeira desde 1979. Também foi a primeira depois que o fundador da Ferrari se aposentou.
"No papel, eu não vejo mudanças drásticas, mas eu também não sei o que as outras equipes estão fazendo", disse o francês Todt.
"Se você me perguntar hoje, eu vou lhe dizer que espero a mesma temporada que tivemos no ano passado", acrescentou.
"Entre os campeões, eu acho que o panorama é o mesmo do ano passado. Entretanto, poderemos ver mais equipes ganhando corridas individuais", disse Schumacher.
"Nós podemos enfrentar uma situação inesperada", afirmou Briton Brawn. Ele acredita que a ameaça vem de apenas um lugar. "Talvez a McLaren tenha pensado em alguma coisa que nós não pensamos", acrescentou.
O piloto brasileiro Rubens Barrichello foi a única voz que destoou, acreditando que a Williams pode apresentar desafios à Ferrari e McLaren. "A briga deve ser entre esses três times", disse.