Oakland (EUA) - Pete Sampras não vence um torneio de Grand Slam fora das quadras de grama desde 1997 e não tem mais todo aquele apetite pelo topo do ranking, mas aos 29 anos de idade ele acredita que ainda tem a capacidade técnica e mental de jogar contra a nova safra do tênis.
``Não tenho medo de nenhum deles'', disse Sampras à Reuters em uma recente entrevista por telefone, de sua casa em Los Angeles.
``É uma questão de o quanto eu quero competir. Não vou jogar 20 ou 25 torneios por ano como eu costumava fazer. Eu preciso jogar o suficiente para estar em forma, mas quanto à minha habilidade, eu ainda posso joga contra qualquer um''.
Nas três últimas grandes competições de que participou -- o Aberto dos Estados Unidos e o Masters de Lisboa de 2000, e o Aberto da Austrália deste ano -- não se viu a força do Sampras que ganhou 13 Grand Slams e manteve-se no topo do ranking por seis anos consecutivos.
``Há vários bons jogadores surgindo, mas nenhum me assusta'', disse Sampras. ``O Andre Agassi é o único que consegue me vencer mesmo quando jogo bem. Quanto a Marat Safin e Gustavo Kuerten, mesmo eles já tendo me vencido antes, sinto que a partida está em minhas mãos quando jogo com eles''.
O técnico de Sampras, Paul Annacone, diz que quando seu pupilo está inspirado, não tem adversários.
``Quando Sampras joga seu melhor tênis, ele é sem dúvida o melhor jogador do mundo'', disse Annacone. ``Mas ele conseguirá jogar esse tênis nos 12 meses deste ano? Depende dele''.
Falta apenas um troféu na sala de Sampras: o de Roland Garros, onde Sampras não conseguiu passar da terceira rodada desde que chegou às semifinais, em 1996.
``Vencer Roland Garros seria uma ótima despedida de carreira. É o meu grande desafio'', disse o norte-americano.