São Paulo – O brasileiro Rubens Barrichello não assumiu a culpa pela batida com o alemão Ralf Schumacher neste domingo no GP Brasil de Fórmula 1. O acidente lhe tirou da prova logo na terceira volta. “O Ralf me pegou de surpresa. Ele estava brigando com o (Heinz-Harald) Frenten e, de repente, veio para direita e freou. Não havia nada que eu poderia ter feito”, afirmou em entrevista à TV Globo.
Depois do acidente, Rubinho entrou nos boxes da Williams, equipe de Ralf. Disse que não foi tomar satisfações, apenas errou o caminho. “Entrei no boxe da Williams porque tinha muita gente na frente.” Ele descartou que o alemão tivesse causado o acidente propositadamente. “Não acredito que tenha havido má fé. Se alguém fizer isso, uma hora vai machucar. Não é esse o caso.”
Barrichelo mostrou estar bastante desapontado. Ele quase ficou fora da prova por causa de um problema no motor de sua Ferrari durante a volta de apresentação. O carro “morreu” e ele teve que sair correndo de volta aos boxes. Ainda pegou carona em uma viatura do serviço de atendimento do autódromo para chegar o carro reserva da equipe italiana, que estava ajustado para Michael Schumacher. Os mecânicos tiveram que trabalhar rápido para deixá-lo pronto para que o brasileiro pudesse entra na pista em tempo de largar na segunda posição. Se ele ficasse pronto trinta segundos mais tarde, o piloto seria obrigado a largar dos boxes.
“Na verdade, você se pergunta porquê essas coisas acontecem. Sai na volta de formação do grid e o carro quebra. É difícil saber a razão dessas coisas misteriosas da vida. Foi uma facada nas costas. Por mais que os mecânicos tenham feito um trabalho excelente, o carro não é o meu. Eu estava calmo. Consegui fazer meu coração passar de 200 batimentos por segundo para 80. De repente, acontecem essas coisas. Esse é meu segundo ano com chances de vitória. Nos outros anos, nunca tive. Agora, tem que botar a bola para frente”, declarou.