Rio - Com as constantes mudanças no Fluminense devido a jogadores machucados, suspensos ou cedidos à seleção colombiana – casos de Viveros e Asprilla na semana passada – Marcão tornou-se um verdadeiro super-herói tricolor. O volante é o único do grupo que conseguiu atuar nos 20 jogos do time neste ano. Na segunda-feira ele revelou sua receita para o feito: descanso em todas as horas vagas.
Morador de Santíssimo, Zona Oeste do Rio, Marcão passa o dia no Fluminense sempre que o treinamento é realizado em dois períodos. Na segunda, ele participou do treino físico às 8h30min, nas Laranjeiras, ficou lá até às 15h, e seguiu para o São Cristóvão, onde foi realizado o treino técnico, às 16h.
"Tomo banho e almoço no Fluminense. Depois, vou para o departamento médico do clube, onde durmo até a hora do treino da tarde. A comida é boa e, no clube, descanso mais. Se voltasse para casa ficaria morto", explicou Marcão, que leva cerca de uma hora e meia, de carro, no trajeto de Santíssimo até Laranjeiras.
Antes do treino de segunda à tarde, enquanto a maioria dos jogadores fazia embaixadas, Marcão aguardava o chamado de Espinosa sentado numa sombra, à beira do gramado. "Relaxo e recarrego as energias para o treino", justificou.
Para Marcão, o único aspecto negativo em não voltar para a casa entre os treinos, como faz a maioria dos jogadores, é a saudade da família. O filho Lucas, de 3 anos, é quem mais sente sua falta. "Sempre que saio para treinar ele pede para eu ficar", disse.
Nem por isso ele pretende se mudar de onde mora há 23 anos. Marcão ignora até mesmo o calor feito na região, a mais quente do Rio. "Calor é psicológico", brincou.