São Paulo - De um lado, uma seleção que joga em casa, com
a vantagem de contar com a altitude a seu favor e motivadíssima pela vitória
sobre o Brasil na rodada passada e pelas boas chances de se classificar pela
primeira vez para uma Copa do Mundo. Do outro, uma equipe mais experiente,
que vem de uma participação digna na Copa da França, que faz excelente
campanha nas Eliminatórias - superando inclusive o Brasil na tabela de
classificação - e que vem de expressiva vitória sobre o Uruguai, em
Montevidéu.
Este é confronto que reunirá Equador e Paraguai, no Estádio
Atahualpa, em Quito, nesta terça-feira, a partir das 18h (de Brasília).
Com 19 pontos ganhos e ocupando a quarta colocação nas Eliminatórias
sul-americanas, a seleção equatoriana vai utilizar ao máximo a vantagem de
jogar a 2.600 metros acima do nível do mar. Para isso, o ténico Hernán Darío
Gómez, que é colombiano, quer seu time com a posse de bola o maior tempo
possível durante o jogo. Ele quer desgastar a equipe paraguaia e impedir que
tenha facilidades para atacar.
Gómez terá de volta o meia Chalá, que juntamente com Alex Aguinaga terá
a responsabilidade de armar as jogadas ofensivas da equipe. Kaviedes jogará
no ataque, mas também terá que recuar para ajudar na marcação.
Já o treinador da seleção do Paraguai, Sergio Markarián, deve optar
pela escalação de dois atacantes, mesmo jogando na casa do adversário. A
intenção de Markarián é dar força ofensiva à sua equipe e evitar a pressão
dos equatorianos sobre sua defesa. Cardozo, que costuma jogar isolado no
ataque, terá desta vez a companhia de Cuevas, que fará sua estréia nas
Eliminatórias.
Alvarenga, que normalmente faz o revezamento entre meio e ataque, não
será sacado, com Quintana, que é mais marcador ficando no banco de reservas.
Na lateral-esquerda, Markarián optou por Paulo da Silva por ter mais
resistência para suportar as condições de Quito do que Sarabia. Os
paraguaios estão na vice-liderança das Eliminatórias, com 23 pontos, cinco a
menos que os argentinos.