Bogotá - A polícia colombiana vai usar aparelhos eletrônicos para garantir a segurança da Copa América de futebol em julho, cuja realização está sendo ameaçada por uma campanha terrorista nas setes cidades que recebem a competição, afirmou nesta terça-feira uma fonte oficial.
"Traçamos um esquema abrangente de segurança com pessoal, aparelhos eletrônicos e todos os meios ao nosso alcance para proteger os dirigentes, jogadores, técnicos, árbitros, jornalistas e turistas", disse à imprensa o general Aldemar Bedoya, encarregado da operação de segurança durante o evento esportivo.
Bedoya acrescentou que milhares de policiais uniformizados e detetives estarão durante 24 horas nos estádios, campos de treinamento, hotéis, centros comerciais e lugares de diversão para garantir a tranqüilidade.
"Temos experiência na organização de torneios esportivos internacionais e de partidas de futebol nas eliminatórias (do Mundial) e na Copa Libertadores da América, e nenhuma delegação estrangeira achou falhas na segurança na Colômbia", disse Bedoya.
O general colombiano deu esta declaração depois de saber que outros países temem assistir à Copa América devido à violência e inquietação que imperam na Colômbia e que nas últimas semanas afetou as cidades de Bogotá, Barranquilla (Costa Caribe), Cali (Sudoeste), Medellin (Noroeste) e Pereira (Centro-Oeste), onde serão realizadas as partidas.
Neste torneio, que acontece do dia 11 a 29 de julho, participarão as seleções da Argentina, Bolívia, Brasil - atual bicampeão -, Canadá, Chile, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, além do país anfitrião.
Apesar da Confederação Sul-Americana de Futebol (CSF) ter reafirmado no dia 17 de maio, no Rio de Janeiro, seu apoio à Colômbia, os vários atentados terroristas nas últimas semanas, que causaram 12 mortes e deixaram mais de 200 feridos, colocam a país sede oficial da competição em xeque.