São Paulo – O judoca Aurélio Miguel, campeão olímpico em Seul-88, não poupou críticas à política adotada pelo Vasco, que agora vive uma crise financeira, não conseguindo pagar os salários de seus atletas. E também ao presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, durante o programa Esportes Show.
“Acho que o Vasco fez um investimento irresponsável. Começou a pegar alguém que se destacava e acabou atrasando os salários”, afirmou Miguel, se referindo ao fato de antes da Olimpíada de Sydney, o clube vascaíno ter contratado grandes nomes do esporte brasileiro.
O judoca, porém, saiu em defesa do Flamengo, seu clube, que também deve cerca de quatro meses de salário. “Com o Flamengo foi diferente. Porque além de escolinhas de natação, judô e vôlei, o time fez uma parceria e nunca imaginou que ela iria falir”, disse, lembrando do fato de a ISL ter anunciado sua falência, que causou, inclusive, o adiamento do Mundial de Clubes deste ano para 2003.
Aurélio Miguel ainda reclamou por mudanças na legislação esportiva. “Se eu posso votar para o presidente do país, governador e prefeito, por que não posso votar para o presidente da minha confederação. Isto deveria acontecer até na CBF (Confederação Brasileira de Futebol), mas para ela também não interessa”, falou, e cobrou apoio também de Carlos Artur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). “O Nuzman poderia democratizar mais o esporte. Mas, para isto, ele precisa colocar o bumbum de fora... Mas são coisas da vida”, completou.
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