Rio - A boa campanha do Equador nas Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2002 vem se confirmando a cada rodada. Neste sábado, a equipe venceu de virada por 2 a 1 o Peru, em Lima, e passou a somar 25 pontos. O resultado não foi bom para a Seleção Brasileira, que, mais do que nunca, terá a obrigação de derrotar o Uruguai, em Montevidéu, para não se distanciar ainda mais dos equatorianos. O Brasil tem 21 pontos.
O gol que deu a vitória ao Equador veio aos 47 minutos do segundo tempo, marcado pelo artilheiro Delgado. Com mais uma derrota, o Peru praticamente se despediu da Copa, que será disputada no Japão e na Coréia do Sul.
Com um início fulminante, o Peru parecia que sufocaria o adversário o tempo inteiro. Logo a um minuto, após uma boa troca de passes, o meia Palacios tocou para o atacante Pizarro, que, da entrada da área, chutou no canto esquerdo do goleiro Cevallos e marcou o primeiro dos peruanos. Mas o começo arrasador rapidamente foi contido pelo adversário. E, demonstrando mais entrosamento, o Equador não demorou muito para empatar. Aos 11, o lateral De la Cruz cruzou da direita, a zaga peruana bateu cabeça e Méndez, à vontade, mandou para a rede.
O golpe foi sentido pelo Peru. A intranqüilidade dos seus jogadores era visível e, com isso, o Equador passou a ditar o ritmo do confronto. Pouco a pouco, a equipe equatoriana ia se soltando, e chegava ao ataque com mais perigo. Aos 19, Kaviedes teve uma grande oportunidade para desempatar, ao chutar em cima de Miranda, frente a frente com o goleiro peruano. O susto anestesiou o Peru, que encontrava muitas dificuldades em sair de seu campo. Mesmo assim, o time poderia ter terminado o primeiro tempo em vantagem, num chute forte de Pizarro, à queima roupa, em que Cevallos fez grande defesa, aos 46.
Sabedor que uma derrota em casa seria um desastre para a sua equipe na competição, o técnico peruano, Julio César Uribe, pôs o time no ataque no segundo tempo. O inoperante Maestri foi trocado por Silva, que deu mais consistência ofensiva. Mas o nevorsismo foi inimigo do Peru. À medida que o tempo passava, os jogadores íam se descontrolando, e desperdiçavam jogadas fáceis, principalmente no setor ofensivo. Mais tranqüilo, o Equador optou por uma postura defensiva, apostando nos contra-ataques e dando sinais de que o empate já seria considerado um ótimo negócio. No entanto, mesmo tendo perdido Méndez, expulso aos 37 por jogada violenta, o time foi presenteado com um gol aos 47 minutos de Delgado, que alcançou Romário na artilharia da competição, com oito gols.