São Paulo – As 35 voltas do GP de Mônaco durante as quais o brasileiro Enrique Bernoldi manteve o escocês David Coulthard, da McLaren, atrás de sua Arrows e longe do líder Michael Schumacher, continuam repercutindo no ambiente da Fórmula 1. Nesta quinta-feira, no Canadá, o tricampeão Schumacher saiu em defesa do brasileiro, de acordo com o site da revista “Autosport” na Internet.
“Penso que Enrique fez tudo certo. Ele não fez nada que fosse contra as regras. Se eu estivesse na mesma situação de Coulthard, com certeza ficaria frustrado, mas são assim que as coisas funcionam, e às vezes você tem de aceitar as circunstâncias”, disse o piloto número 1 da Ferrari.
"Quando você não pode ultrapassar o seu oponente, não pode – não há nada a fazer a respeito disso. Não deveria sequer haver polêmica sobre a atitude de Enrique, pois ele fez tudo que era permitido fazer. A FIA está aí para julgar se ele fez algo de errado e eles já decidiram que está tudo ok. Então, não deveria haver ninguém contra o brasileiro”, prosseguiu Schumacher, de acordo com a “Autosport”.
O alemão aproveitou para cutucar os chefões da McLaren e da Mercedes. "Quando eu soube que o Enrique foi abordado por um chefe de equipe, não entendi. Eles deveriam conhecer as regras e agir de acordo com elas."
Bernoldi relatou que, após o GP, foi abordado por Ron Dennis, chefe da McLaren, e Norbert Haug, da Mercedes. Os dois figurões teriam lhe feito uma ameaça: mais um atitude dessas e o brasileiro poderia ter a carreira ameaçada na F-1. Os dois negam esta versão.
Schumacher venceu o GP de Mônaco e abriu vantagem maior sobre Davi Coulthard na classificação da temporada, já que o escocês acabou chegando apenas em quinto.