Montreal (Canadá) – O GP do Canadá só teve um objetivo para o colombiano Juan Pablo Montoya, da Williams: colecionar inimigos.
Depois de ter problemas com o alemão Michael Schumacher e o escocês David Coulthard, agora foi a vez do canadense Jacques Villeneuve, da BAR, e até por Frank Williams, dono da escuderia, que até ameaçou rescindir o contrato.
Na sexta, durante os treinos livres, o piloto da BAR e da Williams bateram feio. No sábado, Montoya, que faz sua primeira temporada na F-1, e Villeneuve fizeram uma guerra verbal à distância. “Ele tem que entender que não está sozinho na pista. Esta é a quinta vez que tenho problema com ele. Parece que ele está aqui só para encher”, afirmou o canadense. O colombiano, porém, não deixou por menos. “Tentei brecar o máximo possível, mas o Villeneuve brecou antes da hora e não tive como evitar a batida”, disse o piloto da Williams.
Mais tarde, porém, os dois ficaram frente a frente na reunião dos pilotos. E, por pouco, não chegaram às vias de fato.
“Se continuar assim, ainda vai matar alguém”, gritou Villeneuve, diante de todos os companheiros. Montoya não deixou por menos e respondeu ironicamente. “Não matei ninguém mas nem todos podem dizer isto”, falou, se referindo ao acidente no GP da Austrália, quando depois de uma batida entre o canadense e Ralf Schumacher, um comissário acabou morrendo após ser atingido pelo pneu do carro da BAR.
Com a resposta, Villeneuve partiu para cima de Montoya, mas foi barrado pelo delegado da Federação Internacional de Automobilismo, Charlie Whiting.