Rio - Os jogadores do Boca Juniors continuam comemorando a classificação para a final da Copa Libertadores, obtida na disputa de pênaltis contra o Palmeiras, em São Paulo. Agora o time argentino vai enfrentar os mexicanos do Cruz Azul, que eliminaram o Rosário Central na outra semifinal.
O clima de alegria, então, ficou ainda maior, pois o time do México não pode ir a Tóquio para a disputa do Mundial Interclubes por ser equipe convidada. Ou seja, o Boca, atual campeão mundial, volta ao Japão para enfrentar o Bayern de Munique, campeão da Europa.
No desembarque em Buenos Aires o clima era de otimismo. O goleiro Córdoba, considerado o herói da partida, era um dos mais animados. “Tivemos que buscar muita força interior para conquistar esta vaga. Comemoramos mais agora do que na final do ano passado”, afirmou Córdoba.
Já o meia Serna preferiu exaltar as virtudes de sua equipe. “Quando foi preciso futebol, o Boca jogou. Quando foi necessário garra e coração, também soubemos agir. Mas ainda falta o passo mais difícil, que é a conquista do título”, afirmou Serna.
Mas o clima de alegria só foi quebrado quando os jornalistas lembraram das dívidas que os jogadores têm a receber. O elenco deverá se reunir para tratar do assunto com o presidente do clube, Mauricio Macri. O capitão do time, Bermúdez, mostrou todo o descontentamento dos atletas. “A guerra está declarada. Se a situação permanecer assim, todos os jogadores do elenco terão que ir embora, e a diretoria terá que contratar vinte novos atletas”, afirmou Bermúdez, que chegou a fazer declarações ofensivas.
Macri garante que vai solucionar o problema. “Todos os problemas com os jogadores serão resolvidos internamente, sem a presença da imprensa. Se algum atleta deu uma declaração ofensiva, vai ter que ter a grandeza de se desculpar. Jamais negamos a existência da dívida”, afirmou o presidente do Boca Juniors.