Rio - A advogada de Juninho Pernambucano, Gislaine Nunes, ainda comemorando a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) - que determinou que a CBF deve liberar o jogador para atuar no Lyon da França - promete surpresas para breve. "A Lei Pelé veio preencher uma lacuna das relações entre clubes e jogadores. Muitos deles estão me procurando para buscar os seus direitos. A vitória do Juninho vai abrir a possibilidade para outros. Daqui a pouco, esses dirigentes vão se surpreender com mais um caso", revelou, sem querer dar mais detalhes.
Gislaine trabalha em causas desportivas desde 1997 e já obteve mais de 100 vitórias. Entre os jogadores que conseguiram o passe com a ajuda dela estão Márcio Santos, Reidner e Dida. Sem papas na língua, ela desanca a criticar e bater de frente com as principais entidades esportivas do país. "Há um cartel que defende os clubes e prejudica os menores, que são os jogadores. Eu não tenho medo de falar". A advogada ironiza: "Se a CBF, as federações e os dirigentes dos clubes gostassem de mim, eu ficaria preocupada. Esse é o meu currículo".
A CBF é mesmo o principal alvo de Gislaine. Ela garante que em casos como o de Juninho, os advogados dos clubes têm acesso livre ao departamento de registros da entidade, enquanto ela encontra dificuldade para fazer valer as decisões da Justiça. "O futebol brasileiro está dando vexame e a CBF faz o que faz. Um absurdo".