Rio - O lateral-direito do Fluminense Paulo César, que completa 24 anos nesta quinta-feira, garante que só ganhou mais experiência com as críticas da torcida. Ele procura responder às exigências da fanática torcida tricolor com muito trabalho. E dar valor ao trabalho é, segundo Paulo César, uma das coisas que ele mais aprendeu como jogador e como homem.
Da difícil infância na cidade de Osasco ao apartamento na Barra da Tijuca, muita coisa aconteceu na vida de Paulo César. "Nunca pensei em ser jogador. Estudava, trabalhava e queria ser metalúrgico como meu pai. Jamais imaginei minha vida como ela é hoje" afirma Paulo César, que tem como maior companheiro um cão da raça Chow-Chow.
Só que quando Paulo César menos esperava, o destino bateu em sua porta. "Brincava num campo perto de casa e num aniversário do Flamengo fizeram um jogo contra o Nacional, uma equipe local, e me destaquei naquela partida. Eu tinha 13 anos e o Nacional me deu a chance de treinar lá", diz o lateral.
Mas Paulo César precisava trabalhar para ajudar a família e abandonou o time. "Sumi por uns três meses e me ligaram. Expliquei a situação e me ofereceram um auxílio financeiro. Resolvi ficar e aí tudo aconteceu", disse Paulo César.
Do Nacional, o lateral foi para o Flamengo em 96, e em 97 foi contratado pelo Fluminense. No ano seguinte, foi emprestado ao Vitória e em 99 retornou às Laranjeiras, sendo campeão da Série C. "Sou novo e essa experiência de já ter jogado em alguns clubes conta. Hoje o Fluminense é uma equipe com objetivos, muito diferente de quando cheguei. Podemos ser campeões, mas se não formos sabemos que o clube tem um caminho traçado", destaca Paulo César, que desde os 15 anos atua como profissional e vai fazer neste Campeonato Brasileiro sua sexta participação na mais importante competição nacional.