São Paulo - O Boca Juniors venceu o Cruz Azul, do México, nos pênaltis, e conquistou a Copa Libertadores. Mas no final do torneio sul-americano, um jogador do Palmeiras tem motivos para comemorar. Com nove gols marcados, Lopes terminou como o artilheiro do torneio.
O meia é o primeiro artilheiro do Verdão na Libertadores desde 1968, quando Tupãzinho marcou 11 gols. "Eu fiquei assistindo à final, torcendo como um louco pelo Cruz Azul, mas quando o Palência marcou o gol, me deu um frio na espinha", afirmou o Tigrão Lopes.
O medo do meia teve motivo. O autor do gol mexicano, que deu a vitória para o Cruz Azul no tempo normal, terminou a competição como vice-artilheiro. Ele, juntamente com Geovanni, do Cruzeiro, e Pizzi, do Rosario Central, marcaram sete vezes.
Lopes estreou no Palmeiras em julho de 2000 e, ainda no ano passado, ficou quatro meses suspenso depois de um exame antidoping positivo. Na chegada de Celso Roth, outro problema. Antes de uma partida contra o São Caetano, pelo Campeonato Paulista, o jogador faltou a um treinamento e recebeu uma punição do treinador. Esses casos deram a Lopes a fama de jogador-problema, que ele quer deixar para trás. "Acho que isso é uma afirmação por tudo o que eu passei aqui. Botaram uma imagem em mim que não existe", disse o meia.
Depois de vencer as batalhas contra os outros artilheiros da América e contra os problemas extra-campo, Lopes se prepara para uma luta que promete ser mais suave: a renovação de seu contrato. O compromisso do jogador com o Palmeiras termina em julho e ele aguarda a proposta do clube. Ele quer aumento, mas acredita que não haverá problemas para permanecer. "Pelo desempenho que eu tive aqui, acho que mereço uma valorização. O que eu mais quero agora é ser campeão pelo Palmeiras", disse o jogador, que passa férias em Pinharal, no Rio de Janeiro.