Rio - Atacante vive de gols. Seja de bicicleta ou de canela. E Reinaldo conhece muito bem os dois lados da moeda: fama e ostracismo. Afinal, já viveu dias de glória como o substituto de Romário na final do Campeonato Estadual de 99 e recebeu críticas ao perder o pênalti que eliminou o Flamengo na Copa dos Campeões do ano passado. Mas, pela experiência, não se engana mais com os tapinhas nas costas.
“Já sei quem são meus amigos. Os tapinhas não me enganam mais. Isso é assim mesmo na fase boa”, disse Reinaldo, bastante assediado durante o desembarque no sábado, à noite, no Aeroporto Tom Jobim.
Artilheiro do Flamengo na Copa dos Campeões, com 5 gols, e autor de dois gols na estréia rubro-negra na Copa Mercosul, Reinaldo divide os louros da fama com Beto, Petkovic e Edílson.
“O Beto, o Pet e o Edílson trabalham bem a bola e dão passes sempre precisos. O grupo, como um todo, também tem me ajudado”, afirmou, acrescentando a importância do técnico Zagallo. “O Zagallo tem confiança em mim, o que é fundamental.”
Reinaldo, que já viveu período de vacas magras, sem marcar gols, credita a boa fase à sorte.
“A sorte voltou a ficar do meu lado. Tem vezes em que o artilheiro recebe a bola sem goleiro e chuta por cima”, declarou o atacante, que alcançou a marca de 12 gols na temporada. “Só espero continuar nesse ritmo, pois o gol dá moral a qualquer atacante.”