São Paulo - O vice-presidente do Corinthians, Antonio Roque Citadini, saiu ao ataque contra CBF, Globo, Marcelinho e até o presidente do país, Fernando Henrique Cardoso.
O cartola, que manda em toda a área do futebol corintiano, deu a entender que os dias do meia Marcelinho estão contados. O clube só espera um time para negociar o atleta.
“O Marcelinho não e insubstituível. Já tivemos jogadores com mais impacto e que foram embora. O clube chegou a abafar alguns casos de Marcelinho antes mesmo deste”, disse Citadini, durante o programa ‘Bola da Vez’, da ESPN/Brasil, neste sábado.
Durante esta semana, o jogador entrou em atrito com o meia Ricardinho, o que acabou fazendo Marcelinho ser suspenso pela diretoria e ficar fora até da partida contra o Independiente, domingo, no Pacaembu.
O manda-chuva corintiano acredita ainda que seja muito difícil negociar Marcelinho para fora do país. “O mercado lá fora está em baixa para o brasileiro, diferente dos argentinos que são mais profissionais. Os brasileiros vão para lá (exterior) e voltam porque não levaram grupo de pagode, o feijão, a namorada... Assim, o mercado fecha”, disse.
CBF E GLOBO - O cartola ainda mirou contra a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e a Globo.
“A CBF não tem nem liberdade e nem coragem para contestar as decisões da Globo. A Globo trata o futebol como um evento igual a vôlei de praia. E tem muitos clubes que foram contra o calendário quadrienal, mas têm medo de falar isto para a Globo. Não têm independência”, afirmou.
Citadini disse ainda que a responsabilidade de criar um Campeonato Brasileiro este ano é toda da CBF. Segundo ele, o Clube dos 13 só vai organizar a competição a partir de 2002. “Se este campeonato não sair agora, é melhor fechar a CBF, que vai ficar completamente desmoralizada”, falou.
CONTRA FHC - O dirigente do Corinthians, que também trabalha no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, criticou o governo federal. “Como a Fifa pode proibir um menor de 18 anos negociar jogador. Era o governo quem tinha que criar uma Medida Provisória”, completou.