Maurício Rossi
São Paulo - Apenas três meses no comando da Seleção Brasileira masculina de vôlei foram suficientes para o técnico Bernardinho comprovar que, tanto com as mulheres, quanto com os homens, a modalidade está em boas mãos.
Antes de classificar a equipe para o Mundial de 2002, na Argentina, com as vitórias sobre Chile e Venezuela, respectivamente, o treinador brasileiro havia conquistado o título da Liga Mundial 2001, após vencer a Itália por 3 sets a 0, em junho.
Para o levantador Maurício, o "vovô" da equipe, com apenas 33 anos, a chegada de Bernardinho foi essencial para o novo grupo. "Essa foi a melhor coisa que podia ter acontecido para o vôlei", afirmou.
E não é somente os mais velhos que fazem questão de elogiar o treinador. Embora com apenas 20 anos, o atacante Dante, o mais novo do grupo da Seleção, alegra-se ao falar de Bernardinho. "Trabalhar com ele é maravilhoso", orgulha-se.
O sucesso do vôlei brasileiro contrasta com o atual momento vivido pelo futebol do país. Para tanto, Bernardinho acha que existe um certo exagero. "Perder para Honduras não é bom, mas não podemos dizer que é vergonhoso", completou.
Há quem possa imaginar: a decadência do futebol pode ser importante para o vôlei, pois assim, seria dado mais espaço para o esporte na mídia. Porém, o técnico brasileiro não concorda. "Seria um absurdo torcer contra um esporte do meu país. Há espaço para todos os esportes na mídia."