Belo Horizonte - O meia Claudinei não está mais sob a responsabilidade do departamento médico do América mineiro. O médico do clube, Simar Eustáquio, explicou nesta quarta-feira quais os motivos da decisão tomada:
“O Claudinei passou dos limites. Ele não segue o tratamento médico, compromete sua saúde e também nos complica profissionalmente”, disse Simar Eustáquio.
O meia, que sofre de epilepsia, precisa diariamente de remédios controlados e não pode ingerir bebidas alcoólicas.
Claudinei não joga uma partida há três semanas, como conseqüência de uma crise epilética ocorrida no início deste mês.
Semana passada, ele teve outra crise e foi novamente internado no Hospital Vera Cruz, em Belo Horizonte. “O Claudinei me disse que teve essa nova crise porque se esqueceu de tomar o remédio. Desse jeito, não dá”, afirmou Simar Eustáquio.
O médico disse ainda que a equipe que trata do jogador no Vera Cruz também pretende se afastar do caso: “Ninguém quer assumir a responsabilidade sobre um atleta profissional que não faz a sua parte do ponto de vista do tratamento médico”, explicou o médico do América.
De agora em diante, segundo Simar Eustáquio, Claudinei terá de procurar uma equipe médica independente e que aceite dar continuidade ao tratamento. “Ele precisa tomar juízo e encontrar um neurologista que aceite tratá-lo. Se, futuramente, esse médico vier a liberá-lo para jogar, eu simplesmente irei comunicar isso à diretoria do América, sem, no entanto, assumir qualquer responsabilidade sobre a decisão”, informa Simar Eustáquio.
Drama à parte, por orientação do técnico Lula Pereira, os jogadores do América ficaram com a missão de acompanhar pela TV o jogo desta
quarta-feira à noite entre Grêmio e Palmeiras, pela Copa Mercosul.
Isso porque o América vai enfrentar o Grêmio no próximo domingo, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.