Rio - Ele, cada vez mais, simboliza a raça rubro-negra. Neste domingo, às 16h, contra o Botafogo-SP, no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, o capitão Beto vai dar mais uma prova de superação: vai jogar com quatro pontos no tornozelo direito, marca de uma entrada violenta do zagueiro Jean Elias, do Bahia, e um leve incômodo no joelho. Mas o que pode soar como sacrifício para muitos Beto recorre a infância difícil em Cuiabá para tirar de letra as dores.
“Só eu sei o que passei. Isso não é sacrifício. É, sim, meu ganha-pão. Tenho que correr, lutar, pois jogar futebol é a única coisa que sei fazer na vida. Apesar de ainda sentir dor, vou jogar”, garante.
E, apesar de arrependido em ter chutado a sola do zagueiro Jean Elias, do Bahia, para tentar fazer o gol, não passa nem sequer pela cabeça de Beto ‘tirar’ o pé de uma dividida contra o Botafogo-SP.
“Só me arrependo de ter colocado o pé pois está aqui a marca da maldade. São quatro pontos. Mas eu sou assim mesmo. É meu estilo de jogo”, afirma.
Com seu estilo guerreiro, Beto pretende dar outra volta por cima em sua vida: marcar presença na lista de convocados da Seleção Brasileira, que enfrentará a Argentina, no próximo dia 5, em Buenos Aires. “Não é o momento de ficar de fora. Posso ter felicidade maior nessa convocação”, acredita Beto, em referência ao anúncio da lista pelo técnico Felipão, nesta quarta-feira.
Ele evita se julgar como injustiçado por ainda não ter sido convocado, mas deixa transparente um certo ar de frustração. “Eu não sei porque o Felipão ainda não me chamou. Estou ansioso de novo”, conta Beto.