São Paulo - O Corinthians disputa dois campeonatos diferentes e vive duas situações completamente opostas. Se na Copa Mercosul, o Timão lidera o seu grupo, com 100% de aproveitamento, a história no Brasileirão é bastante diferente. Com oito pontos em seis jogos e sem vencer há três rodadas, o Timão ocupa só a 17ª posição. Hoje, contra o Bahia, em Salvador, o Corinthians tenta se aproximar dos primeiros colocados.
“Não tem explicação. O futebol é assim mesmo”, desconversa o técnico Vanderlei Luxemburgo.
Na Copa Mercosul, a campanha do Corinthians é absoluta. Dos três jogos, sendo dois fora de casa, foram três vitórias e o time está muito próximo da classificação para as quartas-de-final da competição.
“É que na Mercosul temos só três adversários, enquanto no Brasileirão lutamos contra 27 times”, diz o atacante Gil, tentando achar uma explicação para a gangorra corintiana.
Os altos e baixos do Campeonato Brasileiro são visíveis analisando a campanha corintiana. Depois de começar por cima, com duas vitórias e um empate, o Timão caiu de produção, com duas derrotas e um empate, despencando na tabela.
“Como é uma competição muito longa, ninguém vai conseguir ficar muito tempo no topo. Em 98, lembro que o Cruzeiro estava para cair até a metade do campeonato e acabou disputando a final contra o Corinthians”, recorda Luxemburgo.
Como o Brasileirão ainda está no início, a diferença de pontos do Timão para o líderes, apesar da 17ª posição, não chega a ser tão grande (são oito pontos para o arqui-rival Palmeiras, que ocupa o primeiro posto, mas tem um jogo a mais). “No Brasileiro, as equipes têm camisa, tradição, mas estão muito niveladas”, acredita Ricardinho.
Gil, que ainda não sabe quem será o seu companheiro de ataque (Paulo Nunes ou Ewerthon), dá a receita para repetir o sucesso. “Precisamos acreditar que, se estamos bem na Mercosul, também podemos fazer boa campanha no Campeonato Brasileiro”, completa.