Rio - Nada como uma sofrida vitória para reconhecer o valor do adversário. Depois de contribuir para mais um insucesso da Seleção Brasileira, nas Eliminatórias sul-americanas, o meia argentino Simeone resolveu amenizar as suas declarações. Ele disse após a partida da última quarta que o mais importante para a Argentina é vencer os clássicos, independentemente de como esteja o rival. A afirmação acabou sendo uma prova do respeito que o jogador tem pelo futebol brasileiro.
A declaração de Simeone após a vitória de 2 a 1, no Monumental de Nuñez, nem de longe lembra o que dissera na véspera do clássico. Na ocasião, o meia chegou a dizer que o Brasil não faria falta à Copa do Mundo, e que a mesma não deixaria de ser disputada, caso o rival não conseguisse a sua classificação.
“Este tipo de partida não se joga todos os dias. Havíamos perdido para o Brasil anteriormente nestas Eliminatórias e não queríamos acumular outra derrota. Por isso, entramos em campo com uma motivação extra, o que ajudou na nossa vitória”, disse Simeone. “Clássico é clássico. Não importa jogarmos bem, e sim ganharmos.”
O jogo contra o arqui-rival Brasil mexeu tanto com os brios de Simeone, que ele chegou a comparar a partida de quarta passada com o Mundial de 1978, quando a Argentina conquistou pela primeira vez a competição. “ Somente depois que a nossa equipe empatou é que pensamos em vencer. Foi incrível. A despedida do Monumental de Nuñez (estádio do confronto) foi mágica. Não é exagero, mas senti algo parecido com a Copa de 78.”