São Paulo – Em sua melhor atuação no campeonato até agora, o Fluminense assumiu na noite deste sábado a vice-liderança no Maracanã. Marcou 2 a 0 na Ponte Preta subindo para 22 pontos ganhos. Mesmo número do São Caetano. A liderança é do Palmeiras, com 25.
A diretoria do Fluminense esperava 50 mil pessoas no Maracanã. A torcida decepcionou. Apenas 23.604 pagaram ingressos. Mas o time não desapontou. Dominou desde o começou a partida e teve uma série de chances de marcar no primeiro tempo. Só não conseguiu por causa da atuação do goleiro Alexandre Negri, melhor jogador da ponte na partida.
No segundo tempo, todavia, o gol tricolor não tardou. Aos 8min, Roni fez jogada pela esquerda e cruzou. Agnaldo, que vinha de um jejum de quase um mês sem gols, mandou para rede. A vantagem foi ampliada aos 15min. Em falta próxima à área da Ponte Preta, Paulo César rolou a bola para Roger, o melhor em campo, disparar sem defesa para Alexandre.
Mesmo em vantagem, o Fluminense seguiu pressionando a Ponte desperdiçando várias chances de golear.
O jogo
Dois jogadores foram os principais personagens no primeiro tempo, mas cada um de um lado e com objetivos distintos. Motivado pela boa presença de público, o meia Roger procurou de todas as formas justificar no campo o apoio vindo da arquibancada. Só que o jogador encontrou no adversário uma barreira disposta a estragar a festa que os tricolores promoveram para este desafio. O goleiro Alexandre Negri estava numa tarde inspirada e salvou a Ponte Preta na primeira metade do jogo.
Logo a minuto, o goleiro da equipe paulista deu mostras de que iria dificultar as investidas do Fluminense. Numa cobrança de falta de Roger, Alexandre teve de se esticar para mandar a bola para escanteio. Aos dez, novamente num lance de bola parada, o meia tricolor obrigou o goleiro a fazer outra difícil defesa. O bom momento teve seqüência aos 16, quando Roger chutou da entrada da área, rente à trave. Em seguida, foi a vez de Agnaldo assustar a Ponte, pegando de puxeta um cruzamento de Roni, com a bola indo caprichosamente para fora.
O massacre tricolor prosseguia, mas Alexandre estava lá para defender a Ponte com unhas e dentes. Aos 18, o goleiro acumulou mais uma excelente defesa, num chute de voleio de Roger, dentro da área. No entanto, o time paulista deu o ar da graça com Marquinhos cabeceando com perigo, pela linha de fundo. Mas nada que abalasse o Tricolor e aliviasse Alexandre, que continuou tendo trabalho.
Desta vez, o personagem mudou, e foi Roni quem passou a incomodar o goleiro. Aos 34, o atacante pegou de esquerda, com Alexandre fazendo nova defesa difícil. Três minutos depois, da entrada da área, ele contribuiu para mais uma para a coleção de Alexandre. Depois, numa cabeçada, Roni entrou em desespero com o tapinha do goleiro para escanteio, em que a bola tinha o endereço certo.
Mas uma hora a sorte teria de sorrir para o lado tricolor. E, na volta do intervalo, ela apareceu. Aos nove, num cruzamento de Roni, Agnaldo completou, de cabeça, para marcar o primeiro do Fluminense. O entusiasmo tomou conta da equipe, que ampliou a vantagem seis minutos depois: Paulo César rolou para Roger, que, da entrada da área, acertou o ângulo de Alexandre.
Era o que faltava para completar a festa da torcida tricolor. Com o gol de Roger, o Fluminense ficou mais tranqüilo, e passou a adotar uma postura mais cautelosa na partida. A Ponte Preta chegou a esboçar uma reação, mas não obteve sucesso. Com isso, o Tricolor fez o tempo passar, esperando pelo apito final para comemorar mais uma vitória no campeonato.