Rio - O motivo de o Flamengo ter pago US$ 1,550 milhão à Picoline Coporation ainda é uma incógnita, pois não há um contrato. O presidente Edmundo dos Santos Silva sempre disse que pagou pelos direitos de imagem no exterior do jogador, o que é conflitante com os documentos.
Petkovic assinou um contrato com o Flamengo no Brasil de direito de imagem. Não há neste documento, obtido pelo LANCE!, nenhuma indicação de que trate da exploração da imagem apenas no Brasil, pois inclui um direito no exterior. Em seu parecer se explicando ao Conselho Fiscal, o ex-vice-presidente de Futebol Cacau Medeiros afirmou que o Flamengo pagou à Picoline por "direitos da imagem completa" do jogador. Ao se analisar os documentos, a conclusão é de que o clube pagou duas vezes pela mesma coisa.
Questionado sobre o assunto, Cacau confirmou que, ao negociar com o procurador de Petkovic, Jorge Carretero, tratou "dos direitos de imagem completos". Quanto ao contrato firmado no Brasil, ele o desconhece. Depois, Cacau dá nova explicação para o dinheiro pago à Picoline:
– Na verdade, ele (Jorge Carretero, procurador de Pet) queria US$ 800 mil adiantados, pelos quatro anos, pelo direito de imagem. E 15% do valor (US$ 700 mil).