Medalhista em Sydney comemora vida nova do judô
O judoca Carlos Honorato, que conquistou a medalha de prata em Sydney participou do Terra Esportes TV e disse que a saída do ex-presidente da Confederação Brasileira de Judô, Joaquim Mamede, está sendo boa para o judô brasileiro.
“Foi um alívio a saída do Mamede”, disse Honorato, que quase ficou de fora do Mundial de 1999. O judoca também revelou que a nova administração, comandada por Paulo Vanderelei Teixeira, está muito no começo, mas já é um avanço. “Só de ter pago a ida dos judocas para o Campeonato Mundial na Alemanha já foi um grande avanço.”
Sobre o Mundial deste ano, Honorato não viu a participação brasileira tão ruim. “Desde a saída do Mamede, no mês de maio, isso deu uma desequilibrada. Mas o Brasil só não conseguiu trazer medalha. O que faltou foi o trabalho de base, ter competido no circuito europeu antes do mundial.”
O judoca também relembrou sua trajetória rumo à medalha de prata em Sydney. Honorato substituiu Branco Zanol, machucado, e perdeu a final para o holandês Mark Huizinga. “Acho que entrei muito confiante. Em todas as lutas eu saía ganhando, mas na final, tive que correr atrás do holandês.”
Honorato teve, nas Olimpíadas de Sydney, uma luta histórica contra o japonês Hidehiko Yoshida, quando venceu o então tricampeão mundial e ouro em Barcelona-92 por ippon em menos de um minuto e quase quebrou o braço de Yoshida. Seu golpe acabou deixando o japonês caído no tatame. “Na hora eu nem vi nada, gritava de alegria enquanto ele, de dor. Não o vi voltando para a luta e assustei.”
Para ele, a medalha foi conquistada justamente nessa luta. “Ninguém esperava que eu passasse pelo japonês, e não estavam preparados para lutar com um brasileiro.”
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