São Paulo – O técnico Wanderley Luxemburgo, do Corinthians, conseguiu uma vitória na Justiça nesta sexta-feira. A segunda turma do Tribunal Regional Federal (TRF) determinou, por unanimidade, o trancamento de ação penal contra o ex-treinador da Seleção Brasileira. Nesse processo, ele é acusado de uso de passaporte falso. A ação foi motivada pelo fato de o treinador ter duas certidões de nascimento e a utilizada para fazer o passaporte foi falsa.
O Ministério Público entrou com a ação denunciando o técnico por falsidade ideológica, uso de documento falto e crime continuado. A defesa de Luxemburgo afirmou no pedido para o trancamento do processo o treinador não tinha conhecimento da existência das duas certidões. Ele disse que recebeu o documento do pai e quando tomou conhecimento da falsificação passou a não mais usar o documento e pediu, na Justiça, o cancelamento.
Os advogados do treinador argumentaram ainda que o delito, que teria sido cometido há 34 anos, já estaria prescrito e, por isso, não haveria razão em se levar o processo adiante. Luxemburgo tem duas certidões. Uma de 1954 e outra de 1967. A primeira atesta que ele nasceu em 52 e a outra diz que o nascimento foi em 55.
O desembargador Cruz Netto disse que por ter a certidão obtida em 1967, quando Luxemburgo tinha 15 anos, foi obtida por ordem judicial, ela é válida e prevalece sobre a anterior. “Mesmo porque não se sabe quais foram os motivos que levaram o pai dele a requerer o segundo registro e nem os fundamentos da decisão do juiz,” disse ele.