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Prostitutas alemãs rebatem críticas de treinador
Terça-feira, 16 Outubro de 2001, 21h06
Atualizada: Terça-feira, 16 Outubro de 2001, 21h10

Berlim - Elas já escutam desaforos de todos os tipos: prostituta, loureira, messalina, rameira, decaída, bagageira, bisca, horizontal, moça-dama, mulher da vida, quenga, vulgívaga e tantos outros. Até aceitam definições pejorativas, mas compará-las a boleiros fajutos, de um time perdedor, que não treinam, é demais.

As profissionais do sexo alemãs reagiram indignadas à associação com os pernas-de-pau do Energie Cottbus (oitavo colocado na competição), feita pelo técnico da equipe, Eduard Geyer.

"A performance desses jogadores lembra a das mulheres de Saint Paul", declarou o treinador, referindo-se a um conhecido centro de prostituição de Hamburgo. "Tudo o que eles sabem fazer é fumar cigarros, beber em excesso e dormir por aí", alfinetou ele, mergulhando na comparação.

Palavras no mínimo mal colocadas. Geyer não levou em conta o nível de organização e aceitação das profissionais alemãs no seu país. As meretrizes locais são regulamentadas por lei e têm uma das associações mais fortes do mundo. Por isso, a reação foi imediata. Foram ao polêmico jornal ‘Bild’ criticar o técnico.

"Geyer deveria mandar seus garotos até aqui para verem como é duro o nosso trabalho", reivindicou Vanessa, de 21 anos. "Eles poderiam aprender algumas coisas conosco. Trabalho de 12 a 14 horas por dia, e às vezes fico duas semana sem folga", reclamou a garota, lembrando que não bebe álcool, mantém a forma com exercícios e controla a alimentação com dieta à base de frutas.

A colega Kalle Schwensen, conhecida na luz vermelha de St. Paul, em Hamburgo, disparou: "Se o time de Geyer estivesse em boas condições como nós, estaria na liderança da Bundesliga (1ª divisão do futebol alemão)".

JB Online


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