Rio - Acusado pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda, de ser o mentor de uma possível greve dos jogadores do clube, o lateral Jorginho procurou desfazer o mal-estar causado na última quarta-feira, em São Januário. O jogador entrou em contato com o dirigente vascaíno no mesmo dia e, ao que tudo indica, recebeu um respaldo após a conversa.
“Fiquei muito surpreso com o que o Eurico disse. Mas conversei com ele ontem (última quarta-feira) e me colocou apenas que eu era o único a estar cobrando os salários, mas não o mentor desta situação. E não tem um porquê de fazer greve, senão as coisas se dificultariam ainda mais para todos nós jogadores”, declarou Jorginho à Rádio LBV, no Rio de Janeiro.
Afastado da equipe desde o fim de agosto, por conta de uma lesão no pé direito, Jorginho fora apontado por Eurico como o principal articulador para a ameaça de paralisação do grupo vascaíno. E o dirigente afirmara ainda que o tetracampeão mundial pela Seleção Brasileira não teria o direito de reclamar da situação em que o clube se encontra, pois não vem ajudando a equipe devido aos sucessivos problemas de lesão.
Enquanto Jorginho tenta apaziguar o clima em São Januário, o atacante Euller está perto de uma explosão. O jogador revelou que as suas reservas financeiras estão se esgotando e que ainda não sabe se enfrentará o Fluminense, neste domingo. Mas ele não deu a entender que, o fato de estar com os seus salários atrasados, influenciará na sua escalação ou se as dores na perna o tirarão do clássico.
Com a possibilidade de Euller desfalcar a equipe, o técnico Paulo César Gusmão já estuda uma formação com a dupla de ataque formada por Romário e Bebeto. O ex-preparador de goleiros só não decidiu ainda o substituto de Ricardo Bóvio, suspenso com três cartões amarelos. Fabiano Eller e Jamir lutam pela posição, mas o primeiro leva ligeira vantagem por ter treinado constantemente entre os titulares.