Rio - O presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Eduardo José Farah, prestou depoimento nesta quinta-feira na CPI do Senado, que investiga supostas irregularidades no futebol brasileiro, e complicou sua situação. Os membros da Comissão estavam muito bem documentados e a impressão que se tinha era a de que o dirigente não esperava que fosse responder a perguntas tão específicas sobre documentos da entidade que preside.
Ele teve que explicar porque recebeu R$ 179 mil da FPF no ano de 1996, a título de remuneração. O dirigente disse que prestava serviços para uma empresa de contabilidade, que por sua vez, prestava serviços para a FPF. Desta forma, a remuneração que ele recebeu da entidade foi por serviços prestados a esta empresa.
Farah foi surpreendido pelos senadores quando eles apresentaram documentos que comprovam que dirigentes da FPF tinham empresas que prestavam serviços para a CPI. Um os exemplos é o de um dirigente, cujo Farah é padrinho de casamento, e que tem uma empresa que confeccionou ingressos para jogos do Campeonato Paulista. O dirigente não teve como negar estas informações dos senadores.
Ainda baseados em documentos, os senadores questionaram o fato da FPF ter pago o imposto de renda de Farah em 1997. O dirigente só conseguiu responder que achava o fato normal. No fim do depoimento todos da Comissão concordaram que a situação de Farah é extremamente delicada.