Rio - O técnico da seleção chilena, Jorge Garcés, ameaçou nesta terça-feira pedir demissão do cargo caso a Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile (ANFP) aceitar acordo proposto pelos dirigentes do Universidad Católica para que nenhum jogador seja convocado para a partida do dia 7 de novembro contra a Colômbia, em Bogotá, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002.
A diretoria do Universidad Católica fez essa proposta baseada no fato da equipe ser o único representante do país na segunda fase da Copa Mercosul.
Mesmo com a ameaça de Garcés, o diretor de futebol do Universidad, Andrés Tupper, se reuniu com o presidente da ANFP, Reinaldo Sánchez, e disse ter conseguido seu objetivo.
"Este tema já foi encerrado e não há mais o que se discutir. Me reuni com o Sánchez e ele entendeu que o desgaste do Universidad, por estar na Copa Mercosul, é muito grande. Desta forma nosso clube não terá jogadores convocados para esta partida contra a Colômbia", afirmou Tupper.
José Abdalah, vice-presidente da ANFP, disse que existe um acordo neste sentido, mas evitou dar muitas declarações sobre o assunto.
Tão logo a ANFP confirmou o acordo Garcés partiu para as ameaças e disse que poderá deixar o cargo nos próximos dias.
"Se isto for verdadeiro só me resta virar as costas para a seleção. Não posso aceitar que um dirigente me diga quais jogadores devo e quais não devo convocar. Se isso acontecer as funções estarão trocadas, desejarei toda a sorte a seleção, mas deixarei o cargo", afirmou Garcés.
O treinador entende que deixar de fora da lista jogadores do Universidad Católica representa prejudicar outros clubes, como Universidad do Chile, Colo Colo e Wanderers. Nesta quarta-feira ele deverá convocar os atletas para esta partida.