Assunção - O zagueiro paraguaio Carlos Gamarra atribuiu, nesta quarta-feira, uma suposta pressão do Brasil na suspensão de quatro partidas que a Fifa impôs ao goleiro paraguaio José Luis Chilavert, na véspera do jogo com a Venezuela.
"Estas ações provêm das mãos de um país vizinho que corre o risco de perder o lugar para nós nas Eliminatórias. Todos sabem que eles vivem do futebol e que estão fazendo pressão por todos os lados", afirmou Gamarra à imprensa paraguaia em San Cristóbal.
A pena foi imposta a Chilavert após este ter cuspido no jogador brasileiro Roberto Carlos numa partida disputada em 15 de agosto entre as seleções nacionais de ambos os países.
Gamarra, em declarações ao Canal 9 de Assunção, sustentou que a sanção supõe uma "bofetada" no time paraguaio e espera que apesar do castigo a equipe jogue muito bem contra a Venezuela, na partida da penúltima rodada das Eliminatórias.
O Paraguai só precisa de um empate para garantir amanhã sua vaga na Copa 2002, mas pode jogar classificado se o Uruguai, o único que pode lhe alcançar, empatar ou perder hoje contra o Equador.
Gamarra, zagueiro do AEK grego, disse que os jogadores solicitarão às autoridades da Associação Paraguaia de Futebol que tentem uma redução da pena para que o goleiro e capitão da seleção possa jogar no Mundial.
Com a suspensão, o jogador mais emblemático do futebol paraguaio também não participará da partida contra a Colômbia, no próximo dia 15 em Assunção, e, eventualmente, dos dois primeiros jogos da fase final do Mundial 2002.