São Paulo - O São Caetano teve na temporada passada o artilheiro da Copa João Havelange, o atacante Adhemar, que marcou 22 gols. Nessa temporada, o maior goleador do Azulão é o atacante Magrão, que anotou 11 gols, metade do que Adhemar fez em 2000 e dez a menos que o artilheiro do Brasileirão até o momento, o atacante vascaíno Romário. Para o técnico Jair Picerni, esses números não mostram que o São Caetano 2001 esteja mais entrosado, ou dependa menos de um jogador do que o time do ano passado.
"Tenho certeza de que o Adhemar estaria com mais de 20 gols neste Brasileiro também. Ele batia a gol de qualquer lugar e tinha muito êxito", diz o técnico Jair Picerni, explicando que com a saída de Adhemar e a entrada de Magrão o time está utilizando uma nova faixa do campo: as laterais.
"Estamos usando mais o campo, e voltando os treinamentos para isso: a chegada à linha de fundo e os cruzamentos para o Magrão", afirma Jair Picerni.
O atacante Magrão explica que a exigência de Picerni para que todos os jogadores marquem o adversário, inclusive ele, ajuda no fato de ele estar longe da briga pela artilharia.
"Mas com essa marcação a defesa do São Caetano é a menos vazada do campeonato. Não ligo de participar da marcação se estou ajudando o time", diz Magrão, que pertence ao Botafogo-RJ e tem contrato de empréstimo com o Azulão até o final do ano, que se quiser ficar com ele terá que desembolsar US$ 2 milhões.
O meia Adãozinho, que em 2000 marcou apenas 2 gols (nesta temporada já fez quatro) explica que Adhemar tinha facilidade para marcar os gols.
"Ele estava em um grande forma e chamava a responsabilidade do jogo. Hoje o time tem mais opções", diz o meia.