Brasília - O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e alguns dirigentes foram acusados, durante a leitura do relatório da CPI do Senado, de "por ação ou omissão, terem se afastado do estatuto da entidade e criado um ambiente propício ao descalabro administrativo".
Ao constatar a gestão "negligente" da CBF, o senador Geraldo Althoff (PFL-SC) revela, no relatório final da CPI do Futebol, que a entidade amarga um prejuízo acumulado de R$ 25 milhões, fruto da má fase econômico-financeira iniciada em 1995. Althoff também informou que, com a intermediação da empresa SBTR, a CBF efetuou gastos com viagem superiores a R$ 30 milhões entre 1998, 1999 e 2000, muitas vezes financiando gastos com pessoas estranhas à entidade e ao mundo do futebol.
O relatório final tem quatro volumes, com um total de 1.600 páginas. O primeiro volume traz a história do futebol. O segundo traz uma avaliação sobre o funcionamento da CBF. Os outros trazem uma minuta de proposta legislativa para reformulação dessa prática esportiva e avaliações sobre a estrutura de clubes e federações de futebol.