Rio - O soco em Michellini, causa da expulsão contra o San Lorenzo na última quarta, logo aos 20 segundos do segundo tempo, praticamente selou o futuro de Edílson na Gávea. A atitude, considerada infantil, revoltou a diretoria mais até do que o fato de Petkovic ter entrado na Justiça Trabalhista cobrando salários atrasados.
Edílson, que na última semana condicionara sua permanência em 2002 à saída de Petkovic, não ficará no clube. O atacante vem mal em campo e não faz um gol desde a vitória de 4 a 0 sobre o Independente, no dia 31 de outubro. O sérvio, ao contrário, mesmo movendo ação contra o clube foi importante na luta contra o rebaixamento no Brasileiro e na classificação para final da Mercosul.
“Se a atitude fosse de um jogador juvenil ou júnior eu até aceitaria, mas não de um jogador de nível internacional e com passagem pela Seleção Brasileira. O Edílson está sabendo que errou e errou muito”, criticou o vice-presidente de futebol Walter Oaquim.
O relacionamento de Edílson com Carlos Alberto Torres também está bastante desgastado. Na semana passada, o treinador criticou publicamente o atacante por faltar um treino pela manhã sem dar explicações. Enquanto isso, Torres tem ótima convivência com Petkovic e até costuma jogar gamão com o sérvio nas concentrações. Edílson, que tem propostas do Corinthians e do São Paulo, está na Bahia e espera uma decisão da diretoria. O jogador ainda não sabe se vai entrar de férias ou se será obrigado a retornar.
“Por mim ele já está liberado, mas vou esperar o presidente para resolver”, disse o supervisor do Flamengo, José Eduardo Quinello